Você sabia que a aversão ao risco pode impactar diretamente no seu negócio? Quando se trata de grandes empresas, no mundo corporativo, arriscar faz parte do trabalho. O pensamento de que mudanças ocorrem lentamente e que tudo vai ficar bem se continuarmos fazendo o que dá certo hoje pode causar um prejuízo imensurável na sua empresa.
A inovação ajudará na criação de novos caminhos e modelos de negócio, entretanto, inovação e risco são conceitos inseparáveis. Inovação está atrelada à incerteza, ao erro e ao risco, mas também ao potencial de oportunidades, algumas exponenciais. O risco de não inovar é mais danoso do que assumir os riscos que acompanham a inovação, mesmo que isto signifique investimentos que podem não ter o retorno esperado ao longo do ciclo de vida de um produto ou serviço. Não inovar pode significar perda de participação e de relevância no mercado, comprometendo produtividade, atratividade, levando à perda de pessoas chaves e capital intelectual, bem como à redução de margens e de lucro.
Em poucas palavras, é como diz aquele antigo ditado: Quem não arrisca, não petisca. Ignorar a necessidade de inovação é o maior risco que uma empresa pode correr. A grande questão não é mais porque ou se vamos inovar mas sim, quando e como iremos inovar.
São várias as formas de abordar a inovação e a melhor escolha dependerá de como funciona o seu negócio, da maturidade dos seus processos, do perfil dos times, do mindset dos executivos, conselheiros e acionistas. Dependerá também do apetite da empresa ao risco e principalmente, da existência de uma cultura de inovação. Fazer algo novo ou de uma maneira nova pode parecer arriscado, trabalhoso, muitas vezes incômodo e traz muitas inseguranças e incertezas, principalmente se a inovação for mais disruptiva.
É fato que nenhuma empresa quer brincar de inovar e se arriscar em perder recursos, sejam eles humanos ou financeiros. Entretanto, não fazer nada poderá levá-la à falência. Mesmo com toda incerteza inerente à inovação e considerando todos os desafios que essa jornada trará, o maior risco de todos é o de não inovar. Portanto preste muita atenção, pois há um número considerável de empresas que perdem relevância por fazer a coisa “certa” durante tempo demais.
Separamos aqui algumas dicas para que você possa se inspirar em como inovar:
- Crie na sua empresa um ambiente favorável, acolhedor, diverso e inclusivo,
- Trabalhe para minimizar os riscos,
- Incentive e promova uma cultura que tolera o erro associado à inovação, não à falta de empenho.
- Só por meio da inovação contínua as empresas garantirão sua relevância e qualidade duradoura.
Muitas empresas trabalham com projetos de inovação aberta, lembrando que a inovação não acontece apenas com recursos internos e é fundamental estar atento ao que acontece ‘fora dos muros’ que já conhecemos, incentivando a criação e participação dos colaboradores em comunidades dentro e fora das empresas.
Mas afinal, qual é o problema se uma empresa não inovar?
Essa resposta é fácil. O problema é que os concorrentes da empresa vão inovar, criando produtos melhores e mais competitivos, prestando um serviço melhor e diferenciado, consequentemente irão atrair a clientela, que eventualmente serão os seus antigos clientes. Pois esses logo perceberão que esta organização ficou para trás e vão mudar de produto ou serviço, porque não veem mais vantagem em contratar o seu serviço.
Ok, já entendemos que é mais que necessário inovar, mas entenda: não se deve inovar sem objetivo. É preciso inovar bem, com foco em entregar boas experiências aos clientes. Uma experiência ruim pode fazer com que a empresa perca o cliente não somente no canal digital, mas na marca como um todo. Por isso, é preciso equilibrar o senso de urgência em inovar com o risco de fazer mal feito.
A jornada de inovação é um “ato de fé”, pois não é possível comprovar o sucesso de antemão. É uma jornada em que não sabemos para onde vamos, mas em que temos a certeza de que quem não seguir esse caminho vai ficar para trás.
Mas e se você tiver medo de grandes mudanças?
E esse medo é compreensível. Temos certeza de que você possui em sua empresa certos métodos de trabalho que seguem inalterados há muito tempo. Como ninguém reclama deles, e uma alteração poderia acarretar em mais custos para você, geralmente acredita-se que o melhor a fazer é não mexer nele.
Mas isso não necessariamente é verdade. O fato de um método estar consolidado em sua empresa não significa que não possam existir métodos melhores, mais eficazes e que possam trazer melhores resultados. O mundo está em constante evolução e pode ser que seus concorrentes estejam otimizando suas práticas, enquanto você segue atrelado às suas antigas.
Dessa forma, esteja sempre atento a possíveis novas tecnologias e soluções de mercado, para tentar tirar o maior proveito delas e facilitar sua rotina. E não hesite caso a primeira mudança proposta dê errado. Continue tentando entender os motivos que estão por trás disso, para então se adaptar e se assegurar de que as mudanças propostas trarão resultados para o seu negócio.
Uma estratégia interessante de identificação de novas oportunidades é a prospecção tecnológica. Muitas empresas têm contratado esse serviço, como parte de seu planejamento para ampliar seu escopo de atuação. De maneira geral, elas definem parâmetros, como estágio de desenvolvimento e áreas de atuação dos projetos, para que então a empresa contratada realize uma busca de projetos com potencial de aplicação industrial e mercadológica.
E por onde começar a inovar?
Comece com aquilo que gera mais resultado para a empresa. Reflita sobre quais são as grandes “dores” dos clientes? O que mais os incomoda? Começando por aí, você consegue agregar valor para a empresa rapidamente e, com isso, mostra que a transformação do negócio não é só possível, como gera resultados importantes.
O que trouxe sua empresa até aqui não é o que irá levar o negócio adiante, pode ter certeza. Abrace a inovação de forma inteligente e construa seu futuro.
Leia também: Por onde começar a inovação em uma grande empresa?